quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Contadora de histórias

Gabriela adora contar histórias. As que ela escuta, as que ela inventa, as que a gente lê pra ela, todas.
Outro dia, a babá contou que o irmão caiu do cavalo e quebrou o braço. De tarde, lá vem a Gabi com a história: "Mamãe, sabia que o Marlin (pai do Nemo) caiu do cavalo e quebrou o braço?" E eu: mas, Gabi, o Marlin não é um peixe?. "Era quando ele era gente", disse ela, assim na lata.
Hoje ela contou uma história mirabolante no carro: contou que tinha ido deixar a Isabela (filha dela) no balé e que ela tinha batido o carro. E que ela estava com dor no joelho, mas a Isabella cuidou dela e fez massagem, que ela estava quase boa. Contou também que todo mundo da família da Isabella tinha morrido (o pai - que não existe, a babá, a folguista, a cozinheira). Ela só tinha a mãe (ela) e a avó (eu). Mas que tudo bem, porque ela ia cuidar da Isabella, já que ela era mãe dela.
Sempre que a gente lê um livro para ela, ela conta a história todinha de novo pra gente ouvir. Claro que ela muda algumas coisas, inventa outras, esquece outras, mas o cerne da história se mantém.
Outra coisa que eu adoro é o rodízio de bonecas para dormir com ela. Ela sempre lembra de todas as que tem, e sempre pede uma diferente todo dia. Às vezes é a Isabella, a Maria Isabella, o Nemo, o Marlin, o Ursinho Pooh, e por aí vai. Mas ela não esquece de nenhum, mesmo fazendo tempo que não os vê.

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